terça-feira, setembro 06, 2005

Crónicas de um autor de suspance falhado - Cap. I (2ª parte)


Estavam todos entretidos a ver uma telenovela mexicana, quando repentinamente a tia Annie começa a vomitar explosivamente por todo o lado.
- Pois é - disse o Sr. Roger - concordo plenamente contigo, isto também me dá a volta ao estômago e só me apetece vomitar quando vejo isto...
- Esperem lá, há aqui algo de errado - reparou Parson.
- Tens razão Parson - concordou Lawson - não é normal uma pessoa vomitar os órgãos internos. Eu pelo menos não me recordo de vomitar o meu pâncreas ou o meu fígado...
- Ela deve ter ingerido algum tipo de ácido durante o almoço - concluiu Parson - o mordomo ataca outra vez!
- Vamos até lá para ter uma "conversinha" com ele, Parson.
- Sim, eu sinto que temos de usar alguma violência policial e brutalidade desnecessária. É isso que anda a faltar nesta história, lidera o caminho Lawson!
Mas quando chegaram à adega, encontraram a porta aberta.
- Ele escapou! Nós temos de...
Parson foi interrompido pelos gritos de alguém.
- UI CA BOUA! MEXE-ME ESSE CORPINHO, AGITA-ME ESSAS CURVAS... ARRRRGH... o meu coração... (thump)
- Veio da sala, vamos ver o que se passa Parson.
Assim que os dois chegaram, depararam-se com o avô Anthony prostrado no chão, com um enorme sorriso na boca.
- O que aconteceu?
- Alguém começou a passar o meu dvd da Playboy - Edição Especial, com a presença da Angelina Jolie, e o avô Anthony começou a uivar que nem um lobo com o cio e teve uma paragem cardíaca. O pobre homem já não via uma mulher nua desde a morte da avó em 1970.
- Pelo menos morreu feliz, é assim que eu quero bater as botas, a ver uma boazona com um grande par de...
- Chega Lawson - interrompeu Parson - é óbvio que isto é obra do mordomo. Temos que o parar antes que ele nos mate a todos. Esta noite dormimos aqui, para prevenir mais mortes e amanhã vamos caçá-lo como o animal que ele é!
A noite chegou e todos adormeceram rápidamente. Lawson e Parson ficaram incumbidos de fazer a vigia. Por volta das três da manhã Parson adomeceu e Lawson estava prestes a seguir-lhe quando, pelo canto do olho, reparou numa caixinha, pousada em cima de uma mesa. Um familiar perfume irresitível estava a ser emanado dessa mesma caixinha, que o levou a aproximar-se dela e abriu-a.
- Meu deus! Não posso acreditar! - exclamou Lawson, à medida que perante os seus olhos húmidos por lágrimas de alegria, se revelava o conteúdo da caixinha composto por dúzias de apetitosos e suculentos donuts. Lawson comeu-os todos numa só dentada e pouco depois a sua face começou a ganhar uma coloração esverdeada. Parson, que entretanto acordara com os orgásmicos gemidos de prazer soltados pela deglutição de Lawson, aproximou-se dele para averiguar a ocorrência.
- O que se passa?
- Eu... eu acho que fui envenenado pelo mordomo... (cof)... ele usou alguns donuts como isco... (gasp)... tens que o deter, ninguém devia usar donuts para tão pérfido propósito, tens que o apanhar para que todos os polícias do mundo possam comer os seus donuts em paz. Já agora, deixo-te a minha aparelhagem stereo e a minha colecção de pastilhas elásticas usadas... (hulp)...
E foram as suas últimas palavras. Parson jurou vingança e adormeceu, sonhando docemente com a sua nova aparelhagem.
Na manhã seguinte, o Sr. Roger foi o primeiro a acordar; os outros acordaram de seguida e como a Sra. Roger estava uma desgraça e a precisar urgentemente de uma dose de maquilhagem, para além de todos os outros estarem um poucos "apertados", decidiram ir à casa de banho.
A Sra. Roger foi a primeira a entrar. Após cinco minutos da sua entrada, gritos começaram a sair de dentro da casa de banho.
- É a Sra. Roger - disse Parson - o mordomo deve estar lá dentro! Raios, a porta está trancada, ajude-me a arrombá-la Sr. Roger.

1 Comments:

Blogger Ricardo Fonseca said...

Mais, quero saber mais...
Vou passar para o proximo...

12:55 da tarde  

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